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4+1 Condições da Análise - Antonio Quinet
"4+1 Condições da Análise" de Antonio Quinet é uma obra que se aprofunda no coração da psicanálise, explorando as complexidades e nuances da teoria e prática psicanalítica. O livro é uma exploração detalhada das condições necessárias para a análise, apresentando uma visão clara e perspicaz da psicanálise.
O capítulo "Capital e Libido" é particularmente intrigante. Inspirado pelo livro "Capital da Libido" de Betch Cleinman, Quinet explora a interseção de capital e libido através da lente dos filmes de Marilyn Monroe. Ele argumenta que a psicanálise, assim como os filmes de Monroe, tenta passar uma certa ideologia para o público. Este capítulo destaca o momento em que a psicanálise começou a se desenvolver significativamente no mundo, particularmente nos Estados Unidos.
Quinet também explora a ideia de que a psicanálise é uma forma de poder. Ele argumenta que a psicanálise, como a mitologia, é uma tentativa de exercer poder sobre o mundo e a experiência humana através da imposição de uma estrutura de entendimento que é ao mesmo tempo autoritária e persuasiva.
O livro também discute a ideia de que a psicanálise, como a mitologia, é uma forma de conhecimento. Ele argumenta que a psicanálise, como a mitologia, é uma tentativa de entender o mundo e a experiência humana em termos de uma estrutura de conhecimento que é ao mesmo tempo intuitiva e racional.
Em resumo, "4+1 Condições da Análise" é uma exploração profunda e perspicaz das teorias de Freud e Wittgenstein. Quinet apresenta essas teorias complexas de uma maneira que é ao mesmo tempo rigorosa e acessível, tornando este livro uma leitura essencial para qualquer pessoa interessada em psicanálise. Ele desafia o leitor a pensar criticamente sobre as teorias de Freud e Wittgenstein, e a considerar as implicações dessas teorias para a nossa compreensão da mente humana e da experiência humana.
O capítulo "O divã ético" é uma reflexão profunda sobre o papel do divã na psicanálise. Quinet argumenta que o divã não é um lugar para regressões infantis da libido, mas um lugar para relatar e despertar. Ele descreve o divã como o "leito do rio em que passou a minha vida e meu coração se deixou contar", sugerindo que o divã é um espaço para a expressão e exploração de experiências de vida e emoções.
O autor também faz uma distinção entre a cama e o divã. Enquanto a cama é um lugar para dormir e sonhar, o divã é um lugar para falar e acordar. Ele argumenta que o divã é um lugar de fala, um espaço onde o conselho do sultão se reunia no império otomano. Em inglês, a palavra "couch" (divã) também pode significar expressar em palavras, sugerindo que o divã é um lugar para a expressão verbal de pensamentos e sentimentos.
Este capítulo oferece uma visão única e perspicaz do papel do divã na psicanálise. Ele desafia as concepções tradicionais do divã como um lugar de regressão e sugere que o divã é, ao contrário, um lugar de expressão e despertar. Este capítulo é uma leitura essencial para qualquer pessoa interessada em psicanálise e na maneira como a psicanálise é praticada.
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